A comunicação faz parte do mundo como um braço faz parte do corpo humano. Na vida, no trabalho, na publicidade, na guerra, na política. Em tudo.
Vou pular a parte jurássica, não sou historiador, vou passar rápido pelo rádio e jornal impresso, pela televisão e partir pra reta final que interessa: a rede social. Vou focar no recorte do sensacionalismo pra fazer um link mais coeso entre antigas mídias e novas mídias.
A rádio tinha um enorme espaço de influência no mundo. Donas de casa e trabalhadores dos anos 60 com o ouvido colado naqueles enormes sistemas de som acompanhavam as notícias e dali tiravam as suas conclusões sobre os acontecimentos. Nesses espaços comunicadores de influência vendiam as suas verdades, fossem elas manipuladas ou não. Era um sistema misto de entretenimento e informação.
O jornal impresso foi um braço evoluído da rádio no quesito informação/fofoca/notícia, mais poderoso em construir narrativas e com uma percepção mais informativa pelo público que o consumia. As pessoas liam o jornal para se inteirar dos fatos e da também das fofocas.
Aqui começa a ficar bom. Não vou me debruçar loucamente mas vocês tem que dar um Google em Ibrahim Sued. Esse cara foi o primeiro grande comunicador na informação com leves contornos de fofoca. Era um cara divertido e criou dezenas de bordões. E muito mais do que isso: profissionalizou a fofoca.
Quando as pessoas começaram a se matar pra aparecer na coluna do Sued, ele entendeu que aquilo ali era um espaço disputado a tapa pela high society do Brasil.
Sendo ele o precursor, rapidamente a TV abriu espaço pra uma informação mais sensacionalista, em programas de TV que ocupavam a grade INTEIRA da tarde.
Então nos anos 2000 tínhamos: uma rádio já defasada, um jornal impresso começando a perder força e uma TV muito forte no ramo do sensacionalismo.
Apesar de TOTALMENTE sem querer o grande substituto do Ibrahim Sued se chama Mark Zuckerberg. O cara em 2008 criou uma rede pra pessoas conhecerem pessoas e em 2012 compra o seu maior concorrente: o Instagram. Talvez o maior império de informação da história do mundo.
E aí começa uma disputa sangrenta por esse espaço entre TV e rede social. Que começou em 2013 e dez anos depois já tem o seu resultado: os jornais da TV seguem as pautas da rede social. Porque lá tudo é mais rápido, não tem apuração e cada um pode fazer o seu próprio canal.
Basicamente o Zuckerberg castigou os barões da TV. O problema é que pessoas como Léo Dias, Pablo Marçal, Italo Marsilli, Choquei, Fofoquei e blá blá blá blá têm audiências do tamanho de uma televisão. Tranquilamente esses caras tem mais audiência que a RedeTV por exemplo.
Na parte 2 vou desenhar passo a passo o perigo desses coachs com tamanho de emissora de TV e o pior ainda: a máfia das páginas de fofoca para construir e desconstruir reputações.
Até a próxima!
1 comment(s)
Jasmine Rios
Great!!! Thank you for sharing this details. If you need some information about Cosmetics than have a look here QH6